O copo meio cheio
O Brasil é um país com imenso potencial para crescer.
Em que pese as desigualdades conseguimos formar um contingente de profissionais capazes de realizar bons projetos. São pessoas preparadas pela academia nos diferentes segmentos da indústria do conhecimento, motivadas para seguir adiante.
Entretanto, assistimos a uma revoada de parcela significativa da população jovem e pronta para produzir em busca de oportunidades em outros países. Um processo migratório que parece não ter fim.
Por um lado entendo a vontade de quem estudou anos a fio em busca de um futuro brilhante tão sonhado. Por outro lado sinto uma tristeza imensa por perder o bonde da história e deixar para trás uma chance de ouro de melhorar o país.
Acredito que apostar na imersão no mundo digital aliado a um bom e contínuo programa de educação poderia ou melhor permitiria a mudança de inflexão na direção da inclusão social.
A educação é um processo que requer tempo e paciência. Pode consumir uma geração inteira até que os resultados sejam visíveis e duradouros. A consequência virtuosa é a redução da pobreza, das disparidades sociais e a inserção da sociedade num modelo mais justo com oportunidades para aqueles que desejam progredir.
Para isso é preciso a união da sociedade em torno de um programa sério, focado, sem vícios de qualquer natureza.
Educação e tecnologia formam a base de qualquer país que queira mudar para melhor.
Ilan Goldman


