Certa vez fui convidado para uma conversa no IBGE.

O assunto dizia respeito a PINTEC – pesquisa de inovação conduzida pelo instituto em empresas nacionais de determinadas atividades mais propensas à inovação.

A atividade Tecnologia da Informação estava contemplada e fui como representante da associação.

Conversamos sobre diferentes aspectos da pesquisa e num dado momento começamos a divagar sobre a definição do que é inovação.

Defendi a tese de que existem três tipos de inovação.

O primeiro tipo é a inovação para o mundo, quando algo nunca antes desenvolvido e implementado é realizado pela primeira vez. Muitos entendem que inovação é somente quando se encaixa neste grupo.

O segundo tipo é a inovação para o país, quando algo nunca antes desenvolvido e implementado é realizado pela primeira vez no país. A adoção deste tipo de inovação enfrenta barreiras culturais e econômicas que variam de país para país.

O terceiro tipo é a inovação para a empresa, quando esta adota pela primeira vez um processo ou um equipamento que tem impacto significativo sobre o seu negócio.

Entendo que o terceiro tipo é muito importante para o desenvolvimento do país, pois pode representar uma jornada vitoriosa para a melhoria da produtividade e da competitividade.

O investimento da implementação da inovação na organização é significativamente menor quando comparado aos dois tipos anteriores, além de aumentar a chance de sucesso com algo já testado.

Se não podemos ser os primeiros na adoção de inovações, que sejamos seguidores das boas ideias e de processos reconhecidamente bem-sucedidos.

Ilan Goldman