Qual é o novo normal?
Tenho visto um movimento crescente de empresas retornando ao trabalho presencial.
Há um entendimento de que nem todas as áreas da empresa precisam estar presenciais e, em especial, cito a área de desenvolvimento de aplicativos como elegível ao trabalho remoto.
O que move a empresa para o não retorno de todos para o trabalho no escritório? O argumento é a falta de espaço já que parte deste espaço ou foi liberada ou não suporta o crescimento da organização.
Tendo vivido o trabalho à distância e o presencial na área de desenvolvimento, gostaria de compartilhar três aspectos relevantes: a produtividade, o trabalho em grupo e a transferência de conhecimento.
A produtividade no desenvolvimento é fruto de cobrança contínua do trabalho. Sempre foi uma “dor” da TI, e várias foram desenvolvidas para melhor gerir o resultado desejado.
O trabalho remoto não favorece o acompanhamento da produtividade e, ao contrário, introduz potenciais ocorrências não existentes no ambiente de trabalho. O técnico entende que trabalhou mais do que devia e o resultado invariavelmente fica aquém do esperado.
A distância interfere no trabalho em grupo. Por mais que se utilize programas de trabalho colaborativo a motivação é impactada pela ausência do contato pessoal entre técnicos e o gestor do projeto. A compreensão do que é para ser feito versus o que está sendo feito impacta no resultado.
A transferência de conhecimento é fundamental para a evolução da equipe. Sem o contato pessoal fica mais complexo explicar o que deu errado, porque deu errado e quais seriam as escolhas certas.
Na Pix retornamos a convivência pessoal e, ao contrário do que se imagina, os colaboradores estão mais felizes.
Ilan Goldman


