Terapia: a IA pode ser usada para isso?
A inteligência artificial vem revolucionando não só os ambientes profissionais, mas também os pessoais e íntimos. Nesse ínterim, muitas pessoas, especialmente os mais jovens têm despertado preocupações em relação à forma como se comunicam e se relacionam. O crescimento do uso da IA acabou por atingir outras áreas e fica o questionamento – terapia: a IA pode ser usada para isso?
O crescente uso da IA
Primeiro de tudo, vamos aos dados da nossa sociedade: segundo estimativa do UOL, usando dados da agência de comportamento Talk, 12 milhões de brasileiros já utilizam IA como, principalmente ferramentas como o ChatGPT. O número já é alarmante e a tendência é que cresça ainda mais, já que a IA usada como um ‘’profissional’’ acaba sendo uma alternativa barata para um problema presente na juventude: a solidão.
Porém, segundo especialistas a IA não deveria ser usada para esses fins, ainda que se tenha a impressão de que está ajudando. A inteligência artificial usa modelos de linguagem que se assemelham à linguagem humana. Ela é treinada, programada, mas não é dotada de sentimentos para substituir um profissional humano.
Contar com essa prática pode ajudar em casos mais leves, em que a pessoa busca alguma orientação menos complexa. Porém, para casos mais complexos, pode ser até um risco contar apenas com as palavras da IA, já que a inteligência artificial não tem a profundidade necessária para recomendar soluções específicas para casos individuais, específicos.
Mesmo simulando empatia, a IA não é um psicólogo, não é capaz de entender a subjetividade humana profundamente. Por isso, até pode ser usada, mas com muita cautela e com a consciência de que não substitui um tratamento psicológico de fato, com ética.
Observações e estudos também mostram que, o uso prolongado da IA para casos desse tipo podem desencadear um tipo de delírio nos usuários. Esse delírio faz com que as pessoas acreditem que a IA também pode ter sentimentos, se aproximar de algo mais espiritual e divino, por exemplo. Por isso, a cautela é tão importante no uso da tecnologia.
Qual a solução?
A tecnologia procura facilitar a vida, agilizar, trazer apoios, tanto nas nossas atividades profissionais quanto nas pessoais. Em suma, a função principal da tecnologia é essa: facilitar. Levando isso em consideração, é importante ter em mente que em caso de saúde mental, que está cada vez mais em voga, a IA pode ter um papel de apoio.
Porém, esse apoio não substituiria uma sessão de terapia ou algo mais profundo, mas sim, um apoio na identificação de sintomas iniciais, na triagem de pacientes e uma ajuda para um encaminhamento correto a um profissional de verdade. E a partir disso, de fato, o tratamento correto.
Para concluir, a IA está se desenvolvendo mais a cada dia, porém, ela é uma máquina. A saúde mental, a subjetividade humana e questões complexas não são premissas da inteligência artificial – pois, o próprio nome já diz, artificial. Saiba usá-la de maneira consciente, aproveitando a sua função.
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